segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Muito Fruto



...Que deis muito fruto.
Joã0 15:1-14
JESUS prepara os Seus discípulos para a Sua partida. Dá-lhes muitas e preciosas instruções para as suas vidas. Entre as muitas coisas que Jesus falou, disse-lhes que daria a verdadeira paz, aquela que o homem não pode dar.
Ao lermos o texto do Evangelho segundo João, vemos que o Senhor Jesus, duma forma muito clara, aborda a ligação íntima que tem de existir no relacionamento dos cristãos com Ele, o Senhor.
Como em muitas outras ocasiões, o Mestre divino recorre de figuras, situações familiares para ensinar os Seus discípulos. Aqui o Senhor usa a figura da videira e a necessidade das varas estarem ligadas à videira para darem fruto.
Se é este o propósito do Senhor para a vida de cada um daqueles que o Pai Lhe deu, e pelos quais Ele veio a este mundo para salvar - porque será que muitos estão a dar tão pouco fruto? Porque será que uma vida cristão superficial, satisfaz tanta gente?
Nada melhor do que voltarmos a nossa atenção para as Escrituras. Aqui podemos ver alguns motivos que levam à pouca produtividade na vida cristã.
  • Estar em Cristo - Uma das condições para darmos fruto na vida cristã é: Estarmos em Cristo (João 15:4, 5, 7). Isto nos mostra de forma inequívoca a tal intimidade que tem de existir entre nós e o Senhor Jesus. Estar em Cristo é, ao mesmo tempo - Cristo ser o centro das nossas atenções, Cristo ser tudo para nós, Cristo ser o Senhor da e na nossa vida, Cristo ser o alvo dda nossa adoração e louvor.

O problema prende-se muitas vezes com o facto de vivermos alheados d'Aquele que deu a Sua preciosa vida por nós. Vivemos como se Cristo não fizesse parte da nossa vida, e só recorremos à Sua Pessoa em tempos de crise/tempestade. Passando a crise/tempestade, o Senhor passa novamente para segundo plano.

Não querendo tirar as coisas do seu contexto, nem tão pouco forçar uma interpretação, penso que podemos, sem correr grande risco, olhar para a parábola do semeador e vermos outros motivos que levam à falata de fruto nas nossas vidas.

Na parábola do semeador encontramos vários tipos de terreno onde a semente caiu e o seu resultado.

  • Terreno raso - Superficialidade. Não há profundidade espiritual na vida. Satiszafemo-nos em viver uma vida cristã superficial, baseada à volta dos princípios rudimentares da fé.
  • Pouca raíz - A intimidade com Cristo precisa de raízes. Precisamos de firmeza da Palavra, verdadeira intimidade com Cristo que nos leva a entrar no nosso quarto, e fechar a porta e orar ao Senhor. É este tempo de intimidade que enraíza a nossa fé na Pessoa bendita de Jesus Cristo.
  • Terreno cheio de rochas - Alguns não crescem porque têm apenas aparência de boa terra. Aparentam ser bons cristãos - vão à Igreja, fazem as suas contribuições, etc. etc. mas depois falta a intimidade com o Senhor. O pecado nas variadas formas, toma conta das suas vidas e depois não há espaço para o crescimento.

Não dar fruto, de acordo com o texto, é: não estar em Cristo. Logo, sendo varas infrutíferas, elas serão cortadas e lançadas no fogo.

Ou, o homem está em Cristo, e se está em Cristo, dá fruto, glorifica a Deus, é discípulo de Cristo, é amigo de Cristo e assim está a viver a vida cristã como o Senhor quer - guarda os mandamentos, obedece ao Senhor, é achado fiel, está a amar os outros.

ou, não está em Cristo, logo separado da glória de Deus, condenado ao inferno, incapaz de se salvar por si mesmo e carecendo da graça salvadora que só o Senhor Jesus pode dar.

Estamos em Cristo? Então vamos dar fruto que honra e glorifica o nosso Pai que está nos céus.

sábado, 22 de novembro de 2008

8ª Conferência da Fiel





















Com T-shirts comemorativas dos 491 anos da Reforma.

Quando participámos na Conferência Fiel em Água de Madeiros

domingo, 16 de novembro de 2008

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A PREOCUPAÇÃO COM O MUNDO

Vamos olhar para a primeira carta de João, Cap. 2 e versículos 3 a 15




Antes, João escreve acerca da natureza humana , como ela é pecadora e necessita da graça de Deus operada através do perdão dos nossos pecados.



No seguimento deste raciocínio o Apóstolo nos introduz na necessidade incontornável de observarmos os mandamentos do Senhor e, no texto que considerarei, ele fala do perigo de amarmos as coisas do mundo em vez de amarmos as coisas do Senhor.


Estamos perante uma carta pastoral, logo dirigida a pessoas que professa a fé, mas que de alguma forma estão ainda envolvidas com as coisas deste mundo, no sentido de estarem a amar as coisas do mundo.


Lembremos que foi o Mestre que disse: "Não ameis o mundo, nem as coisas que nele há. O mundo passa mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (João 2:15)


Porém, creio que será proveitoso pensarmos no significado da palavra "mundo" neste contexto, pois que em outros contextos a Palavra diz que "Deus amou o mundo de tal maneira que..." (João 3:16)


No cap. 2:15 desta carta de João, "mundo" não tem a ver com o planeta, o cosmos. Foi o Senhor que criou todas as coisas. David diz no Salmo 19: "Os céus proclamam a glória do Senhor e o firmamnto anuncia as obras das suas mãos". "mundo" na carta de João tem a ver com tudo aquilo que é contrário ao Senhor. São aquelas coisas que, de forma muito subtil, tamam conta da vida do crente e tomam o lugar que pertence somente a Cristo. Paulo fala de Demas que amou o presente século. Dá a entender que ele ficou tão envolvido com as coisas do mundo que abandonou as coisas de Deus.
Para as coisas do mundo, as pessoas não reclamam, mesmo muitas vezes os próprios crentes. Mas, e que tal colocarmos algumas questões a nós próprios?
  • Como está a minha vida espiritual?
  • Quais são as minhas prioridades?
  • Onde está o meu coração?
  • Onde estão os meus interesses?

O tempo que por vezes as "coisas do mundo" requerem de nós, não reclamamos - há sempre a forma de dar um jeito.

Na nossa sociedade é bonito os pais colocarem os filhos em actividades extra-escolares. Vai daí a título de exemplo vem: a natação, o inglês, o karaté, o judo, a música, o ballet, o futebol, o atlectismo, etc. etc.

Mas... gastar tempo para além do estabelecido, na Igreja - para muitos já constitui um grande sacrifício. Envolver-se na Obra do Senhor de forma sacrificial, já é demais.

Ser de Cristo e conhecer a Cristo, é: guardarmos os Seus mandamentos. (v.3) Caso contrário, se alguém diz que conhece a Cristo e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso e não tem a verdade. (v.4) O caso é mesmo sério. Ser de Cristo e conhecê-Lo, é seguir e conhecer Alguém que nos ama e deu a Sua vida por nós.

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele."

O amor pelo Pai é exclusivo!

Se alguém é absorvido pelos interesses do mundo que rejeita a Pessoa de Cristo, é por demais evidente que não tem o amor pelo Pai. Tiago diz que "A amizade do mundo é inimizade contra Deus." (Tiago 4:4) Jesus diz que: "Ninguém pode servir a dois senhores." (Mateus 6:24) Logo se não podemos servir a Deus e a Mamom, tão-pouco podemos amar a Deus e o mundo.

A exortação da Palavra do Senhor vem no sentido de termos vidas consagradas a Deus; vidas que amam verdadeiramente ao Senhor que deu a Sua vida por nós.

Mais algumas questões:

  • Estou verdadeiramente a amar a Deus acima de todas as coisas?
  • Estou a colocar as coisas do meu Senhor em primeiro lugar na minha vida?

Que nada nas nossas vidas ocupe o lugar que somente pertence ao Senhor.

"O mundo passa, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (I João 2:17)